Dessa vez, o grupo realizou um trabalho em vídeo com o objetivo de saber a opnião pública em relação aos biocombustíveis e ao uso dele na sociedade.
Para realizar esse trabalho, fomos até o centro da cidade de Curitiba e localizamos o ponto do novo ônibus que está circulando pela cidade: o ligeirão azul. Não é por uma simples coincidência o fato de termos escolhido esse ônibus: o grupo escolheu-o por ele ser um veículo do serviço público que é rodado a 100% de biocombustíveis!
Diante disso, fizemos várias entrevistas com os cidadãos curitibanos que usufruem desse meio pró-ecológico, fazendo perguntas a fim de saber o que eles acham desse novo meio de transporte e qual o conhecimento que eles possuem acerca dos biocombustíveis.
Nessas entrevistas conseguimos ver que a opnião pública é variável; nem sempre as pessoas sabem o que são os biocombustíveis, mas a maioria tem a noção de que eles são importantes não só para o bom funcionamento da sociedade mas também para a preservação do meio ambiente.
Monocultura da cana-de-açúcar em Ribeirão Preto - SP
Os biocombustíveis, apesar de trazerem mais benefícios do que prejuízos, também possuem suas peculiaridades, que, com avanço da tecnologia e da sociedade, poderam sumir com o tempo. Uma importante peculiaridade a ser proposta é o fato de que os biocombustíveis dependem de processos que tem um custo relativamente alto, dificultando em curto prazo o implante da energia alternativa no mercado. Além disso, hoje em dia os biocombustíveis ainda não são totalmente puros, fazendo com que ainda tragam certo impacto ambiental. Um exemplo disso é biodiesel, que é uma mistura entre o diesel natural e o diesel da biomassa, onde essa mistura apresenta, na maioria, apenas 20% de diesel vindo da biomassa (B20). Apesar disso, como citado no início, o avanço da tecnologia e da sociedade propiciarão a existência de um biodiesel puro (B100), que praticamente não trará impactos ambientais. Outra crítica relacionada aos biocombustíveis no Brasil seria o fato da monocultura da cana-de-açúcar para a produção do bioetanol, onde muitos latifundiários estão deixando de plantar grãos essenciais à indústria alimentícia para plantar cana-de-açúcar, favorecendo o lucro e até a destruição de biomas.
Na minha opnião, todos as críticas relacionadas aos biocombustíveis são irrevelantes quando se comparam com os benefícios que eles trazem, principalmente tendo em vista que eles são a alternativa para a energia vinda de fontes não-renováveis, ou seja, eles são a solução para os problemas ambientais que ocorrem no mundo hoje. Além do benefício ambiental que eles trazem, outro a ser mencionado seria o fato de que a inserção deles no mercado, a não ser pelo fato do preço, seria fácil, pois, para o uso, não é necessário que haja reajuste no motor dos carros e máquinas. O biodiesel, por exemplo, funciona com em um motor movido a diesel do mesmo modo que o diesel comum.
Concluindo, os biocombustíveis, em um todo, trazem muito mais benefícios do que prejuízos, por isso, deve dar-se extrema importância a pesquisa e a evolução dos mesmos, para que, num futuro que não sabemos quando virá, o mundo seja melhor.
O nosso blog, para ser montado e editado, necessitou de alguns conceitos presentes em discplinas escolares, das quais falaremos como cada uma esteve presente no conteúdo abordado.
Química
A química, no processo de formação dos bicombustíveis, é extremamente importante, visto que nesse processo occorem várias reações importantes para a formação do etanol e do biodiesel. Um exemplo de reação seria a hidrólise, que seria a quebra da celulose (polissacarídeo) em partículas menores, os monossacarídeos, os quais serão importantes em processos posteriores. Além disso, vários outros processos dependem de reações química, principalmente de quebra. Um exemplo disso seria a fermentação, onde há a quebra da glicose para a formação do álcool.
Biologia
Pode-se dizer que a biologia é a disciplina mais abordada no tema dos biocombustíveis, visto que, além de estar presente no processo de formação do etanol, ela também está presente nas críticas em relação à expansão do plantio da cana-de-açúcar.
Desmatamento da amazônia durante os anos.
A fermentação, que é o processo final para a formação do álcool, é um processo biológico. Ela se caracteriza por um tipo de respiração celular realizada por bactérias e levedura que não necessita de oxigênio, ou seja, é uma respiração anaeróbia. Quando a celulose encontra-se degradada, leveduras são colocadas para que realizem respiração celular com a glicose da celulose degradada, formando então o etanol. Para as leveduras, esse processo gera energia em forma de ATP.
Outro fato biológico é a própria origem do bioetanol, a cana-de-açúcar, cujo nome científico é Saccharum Officinarum.
Além disso, as críticas em relação à expansão da cana-de-açúcar preocupam-se com a invasão do bioma amazônia, que pode acarretar na extinção de algumas espécies da região, além de gerar a diminuição do próprio bioma, que diminui cada vez mais a cada ano.
Outras plantas que dão origem ao etanol e ao biodiesel são: Helianthus annuus L. (girassol); Ricinus communis L. (mamona).
Física e matemática
A física e a matemática são as disciplinas menos abordadas nesse tema. Um conceito físico abordado no tema dos biocombustíveis seria a eletrólise, que faz parte de um dos efeitos da corrente elétrica (efeito químico), onde, em soluções iônicas, a corrente elétrica que passa por essa solução faz gerar reações químicas não espontâneas, como, por exemplo, reações de quebra. Isso, apesar de pouco usual, poderia ser usado na quebra da celulose em partículas menores, onde normalmente é usada a hidrólise. A matemática é interligada aos biocombustíveis através da matemática financeira, visto que países como Estados Unidos visam a produção de etanol principalmente ao lucro, mais do que até ao próprio fato da sustentabilidade.
Como abordado em todo o blog, é possível dizer que os biocombustíveis, apesar das críticas, são usados exclusivamente para a preservação do meio ambiente, ou seja, apesar de ameaçarem consequências ruins à sociedade, o objetivo deles é unicamente benéfico. Através deles, podemos começar a pensar em um futuro melhor em relação a emissão de gases estufa na atmosfera.
O uso de bicombustíveis, quanto maior for, melhor será para a preservação não só do meio ambiente, mas também do petróleo, que é uma fonte que se renova apenas em milhões de anos. Em questão de pouco tempo, teremos os biocombustíveis como principal fonte de energia.
O biodiesel, um dos mais importantes e mais produzidos atualmente, apesar de trazer inúmeras vantagens, também apresenta desvantagens:
Vantagens
Impacto ambiental diminuído.
Para a produção do biocombustível, as empresas necessitam de funcionários, gerando muitos empregos.
Substitui o diesel derivado do petróleo nos motores sem necessidade de ajustes.
É uma fonte renovável.
Desvantagens
Alto custo.
No Brasil e também na Ásia, as plantações de alguns produtos que tem função fundamental para a produção do biodiesel estão invadindo florestas tropicais, que possuem importantes bolsões de biodiversidade. Embora no Brasil essas lavouras não sejam voltadas para a produção do biodiesel, essa deve ser uma preocupação considerada.
O etanol, biocombustível mais produzido no Brasil, tendo nosso país como o maior produtor deste biocombustível no mundo, apesar de trazer benefícios ao meio ambiente, está sendo altamente criticado por ONGs e pessoas influentes Brasil afora.
Segundo as críticas, a produção em grande escala de cana-de-açúcar e outros vegetais para a produção de etanol interfere na questão da produção alimentícia, onde o espaço determinado para a produção de alimentos seria trocado para a produção de etanol. Segundo o relator especial da ONU para o direito à alimentação, Jean Ziegler, a produção em grande escala de biocombustíveis representa um "crime contra a humanidade", pois afeta diretamente o preço dos produtos alimentícios. Porém, esse fato designado por Ziegler não está tão interligado com o Brasil, sendo o maior produtor de etanol do mundo, e sim com os Estados Unidos, que voltaram a produção de milho para a produção de etanol. Esse fato acarreta o preço dos alimentos pois, sendo os Estados Unidos o maior produtor de milho do mundo, a demanda por este produto aumentou, aumentando também o preço. Sendo o milho usado para a produção de rações para animais, como o boi, o preço da carne também aumentou. Porém, o aumento do preço dos alimentos não está só relacionado com a produção de etanol, tendo em vista que hoje em dia as pessoas passam menos fome que antigamente, ou seja, a demanda por alimento aumentou em relação ao passado.
As ONGs, em oposição a preocupação com o aumento dos preços dos produtos alimentícios, se preocupam com a expansão das lavouras no Brasil para a produção do biocombustível. Segundo elas, para aumentar a produção da cana-de-açúcar seria necessário também aumentar a área de plantio e, com o tempo, tornando-se restritas as áreas para expansão do plantio, os produtores começariam a derrubar a floresta amazônica para o produção da cana-de-açúcar. Essa questão é inviável por duas razões: a cana-de-açúcar não sobreviveria nas condições ambientais da amazônia; para aumentar a produção não necessariamente precisa-se aumentar a área de plantio. Com a tecnologia existente hoje é possível produzir mais em menos área.
Contudo, a produção de etanol dificilmente pode prejudicar a produção alimentícia, tendo em vista que atualmente o mundo mais produz alimentos do que consome. Além disso, o Brasil não está se excedendo no plantio da cana-de-açúcar: no Brasil, para a produção do vegetal, existem 90 milhões de hectares disponíveis, dos quais somente 7,2 milhões são utilizados para a produção de cana-de-açúcar, sendo metade desse número voltado para a produção de açúcar.
Biocombustível é aquele que não possui origem fóssil. Para a produção deste, podem se usar uma ou mais plantas. A produção comercial de biocombustível é determinada por produtos agrícolas, como por exemplo, a cana-de-açúcar, mamona, soja, dentre outros.
Existem vários tipos de biocombustível, dentre eles os mais importantes e ativos na sociedade são o etanol ou bioetanol e o biodiesel.
Etanol ou bioetanol
O avanço da tecnologia e da ciência nos últimos anos permitiu encontrar-se uma forma diferente para a produção do álcool. Antigamente, o caldo de vegetais que possuem açúcar, como por exemplo, a cana-de-açúcar, era fermentado, transformando-se em álcool. Com esse avanço, as tecnologias deixaram de usar os açucares simples contidos na seiva dos vegetais e passaram a degradar a celulose contida no bagaço da planta.
No caso da cana-de-açúcar, 1/3 da glicose contida na planta encontra-se no caldo e 2/3 encontram-se no bagaço e nas palhas, sendo esses polissacarídeos, ao invés dos monossacarídeos encontrados no caldo. Conclui-se que a maior parte da glicose é encontrada na celulose do vegetal que, posteriormente, é degradada e transformada em etanol.
Para a degradação da celulose são utilizados dois processos: A hidrólise e a fermentação. A hidrólise fundamenta-se no processo de quebra da celulose em partículas menores, os monossacarídeos, tornando-as solúveis e passíveis para a transformação em etanol através de microorganismos. A fermentação seria a transformação dos açucares simples em etanol. Ela é feita por bactérias e leveduras que, após a quebra da glicose, transformam-a em etanol.
O Brasil, nos dias de hoje, é o maior produtor de etanol no mundo. A matéria-prima para a produção de etanol no Brasil é a cana-de-açúcar. Também está se tornando comum o uso das sobras do processo de produção do etanol para a produção de energia elétrica.
Biodiesel
Biodiesel refere-se ao diesel que provém de óleos vegetais ou gordura animal. É um combustível renovável e biodegradável, sendo esse o motivo para o incentivo à produção de biodiesel.
Produção de biodiesel através do óleo de cozinha usado
O biodiesel só pode ser usado em automóveis movidos a diesel, por isso é considerado um substituto do diesel.
Para a produção de biodiesel, o óleo é retirado da planta, por exemplo, e misturado com álcool. Depois ele é estimulado por um catalisador. Esse catalisador é usado para gerar um reação química entre o óleo e o álcool. Depois, o produto dessa reação é separado da glicerina presente nela, que é usada na produção de sabonetes. Após essa separação, o óleo é filtrado. O óleo retirado da soja e do girassol, por exemplo, são usados para a produção de biodiesel.
O biodiesel é classificado de acordo com a quantidade de soluto numa solução de biodiesel e diesel proveniente do petróleo. Por exemplo: O biodiesel B2 é constituído por 2% de biodiesel e 98% de diesel, assim como o B5 e o B20, produzidos por 5% de biodiesel e 20% de biodiesel em cada solução, respectivamente.
A cada dia as pesquisas para a produção de um biodiesel puro, B100, evoluem, tendo que um dia o biodiesel será 100% vegetal, causando menos impacto ambiental.
Abaixo, um vídeo sobre a produção do biocombustível etanol no Brasil.